domingo, 20 de fevereiro de 2011

Meros Devaneios

E quando o corpo é pouco pra aguentar, pra sustentar os pesos da vida estrangeira, para sempre estrangeira. E a mente expansiva demais, pra subverter as tradições e produzir contradições, para sempre angustiantes. Mas são os dois juntos que se impelem a se contrairem ou se expandirem, em vista às necessidades, para nunca satisfazê-las. Eu estarei pra sempre sonhando e pra sempre acordando.

Deslizando pela vida
onde o vento leva o corpo,
traz a alma aos poucos
e esgota o futuro limitado.

A maré, nunca conhecida de perto,
transforma sonhos em nostalgias,
paramnésias, pesadelos reais.
Oceanos pesados demais, a magia
quebrada pelo sucesso liberto.

O que sobra são pedras
deformadas pelo tempo,
pelo vento, seus acalentos,
e a vida sem preenchimento.

O que me resta são as festas,
as orgias, as magias e o desvio
das condutas e disputas resolutas.
Com fim à vista, porém, em transe,
Nunca reconhecido pelo gentio.

O que me resta é a vida...